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Congresso da SOCESP reuniu mais de 7 mil especialistas

Fernando Palauso • 19 de junho de 2024

Congresso da SOCESP promoveu mais de 160 atividades científicas com cerca de 700 palestrantes em três dias de evento

O presidente do 44o. Congresso, Felix Ramires, ressalta a grandiosidade do evento, um dos maiores do mundo


O evento teve conferencistas internacionais, lideranças acadêmicas e simpósios conjuntos com o American College of Cardiology e a publicação científica Circulation, além de eventos com profissionais de saúde de oito áreas, diversas pesquisas e estudos que foram apresentados

 

A 44ª edição do Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP, realizada nos dias 30, 31 de maio e 1º de junho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, teve participação de 728 conferencistas dos Estados Unidos, México, além de lideranças acadêmicas brasileiras da Cardiologia e profissionais de oito áreas, como educação física, enfermagem, farmacologia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social e um grupo de estudos em cuidados paliativos em centenas de palestras e debates.

 

O evento contou com 7.072 participantes sendo 5.599 médicos, residentes e acadêmicos de medicina, 876 das áreas interdisciplinares da saúde e 597 de outros segmentos profissionais de todos os estados do país. “Essa foi uma imensa atualização da especialidade. É o maior Congresso da América Latina, que está entre os mais importantes do mundo. A nossa preocupação é com o paciente e o Congresso da SOCESP reflete isso: atualização aplicada à prática clínica. Nós sabemos que o engajamento do paciente é muito importante tanto que a Sessão de Abertura do evento tratou exatamente disso: as dificuldades que temos de implementar as atualizações somado ao aumento do engajamento do paciente e a implementação da tecnologia. Os temas abordados foram as maiores atualizações associando humanismo, engajamento e tecnologia”, resumiu Félix Ramires, presidente do Congresso, que destacou os números de trabalhos científicos inscritos nessa edição, mais de 1.241, sendo 898 da área médica e 343 dos Departamentos multiprofissionais.

 

Outro ponto alto da 44ª edição do Congresso foram as diversas arenas, como a de Inovação e Tecnologia e o Hand On com mais de uma centena de atividades variadas. Dois simpósios internacionais foram promovidos dentro do evento com o American College of Cardiology e com a revista científica Circulation.

 

O evento teve como integrantes da Comissão Científica, além do presidente Félix Ramires, a presidente da SOCESP, Maria Cristina Izar, o diretor científico da entidade, Miguel A. Moretti, e os diretores científicos do 44º Congresso, Luis Henrique Gowdak e Pedro Barros e Silva.


A presidente da SOCESP, Maria Cristina Izar faz a abertura do evento

Congresso da SOCESP reuniu mais de 7 mil especialistas

A presidente do American College of Cardiology, Cathleen Biga, que veio especialmente ao Brasil para participar do evento fez a conferência de abertura

A 44ª edição teve os seguintes destaques:

 

  • Estudo apresentado constatou que 99,7% dos pacientes com doenças cardiovasculares não controlam fatores de risco: Especialistas debateram, pela primeira vez, o Registro Brasileiro de Doença Aterotrombótica – NEAT, com dados assustadores. Somente 0,3% dos pacientes com doença aterotrombótica seguem à risca a lista de cuidados para evitar complicações como infarto e acidente vascular cerebral. A pesquisa foi feita com mais de 2 mil portadores de Doença Arterial Coronariana (DAC) - uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo - e de Doença Arterial Periférica (DAP). De acordo com o registro dos pacientes, o controle do colesterol ideal era feito por apenas 8,6% dos pesquisados; a prática recomendada de 150 minutos de exercícios físicos por semana estava sendo cumprida por 12,5%; 20,7% afirmaram fazer a monitoração do diabetes; 31,5% dos consultados apresentavam índice de massa corporal adequado; 40,7% tinham a pressão arterial dentro da meta e 15,7% mantinham o hábito de tabagismo, apesar da doença cardiovascular estabelecida.

 

  • Apenas 11% entendem o descontrole do colesterol como risco cardíaco: Em 2022, 227.981 brasileiros morreram vítimas de infarto no Brasil. Entre as causas das doenças cardiovasculares que levam à morte está a dislipidemia. Porém, pesquisa inédita da SOCESP que divulgada no Congresso constatou que a grande maioria não sabe disso.


  • Novas abordagens para principais fatores de risco do coração foram discutidas: O grande desafio de cardiologistas e profissionais de saúde é a conscientização da população sobre os fatores de risco para o coração. Pesquisa também da SOCESP com 2.764 entrevistados na capital paulista e em cidades do interior de São Paulo mostrou o desconhecimento a respeito dos antecedentes que levam a problemas do coração. Somente 8% mencionaram diabetes; 11% o colesterol elevado; 11% a obesidade; 11% a hipertensão; 12% apontaram a falta de atividade física e 13% a alimentação não saudável.


  • Tabaco reduz expectativa de vida em até 14 anos das mulheres e 10 anos dos homens: A conclusão foi de uma análise global de estudos internacionais apresentada no evento. A assessora científica da SOCESP e especialista no tratamento do tabagismo, Jaqueline Scholz, explicou que a redução da expectativa de vida se dá porque os consumidores de cigarros apresentam índices de nicotina no organismo muito elevados.


  • Congresso da SOCESP debateu a relevância da espiritualidade no enfrentamento das doenças cardiovasculares: Um estudo finlandês, debatido no evento, comprovou que ações empáticas voltadas a terceiros têm efeito protetivo para o coração de quem as pratica, promovendo níveis mais baixos de pressão arterial na idade adulta, além de prevenir a hipertensão.


  • 77% dos cardiologistas e profissionais da saúde consideram que a tecnologia melhora resultado de terapias propostas e diagnósticos: Uma outra pesquisa da SOCESP, junto a cardiologistas e profissionais da saúde, como nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros, apontou que 77,2% dos consultados concordaram que a tecnologia melhora os resultados das terapias propostas e a acuidade dos diagnósticos e 94,9% estão abertos para aprender mais sobre o assunto. Para 34,2% dos entrevistados, o bônus com a aplicação das novas tecnologias é o monitoramento do paciente. Outros 34,2% acreditam que o engajamento aos tratamentos por parte dos doentes é facilitado na medida em que o médico se apropria de métodos interativos.


  • Inteligência artificial à serviço da saúde cardiovascular: 33% das mortes no mundo são causadas por doenças cardiovasculares e 90% dos infartos fatais seriam reversíveis com medidas e diagnósticos mais assertivos. O Congresso da SOCESP abordou as inovações em tecnologia que já auxiliam os cardiologistas


  • A cardiologia colhe os frutos da Medicina 3.0, com diagnósticos mais pontuais, desoneração da saúde e medicina mais humanizada: Pesquisadores empregaram machine learning (ML) – uma subdivisão de IA que utiliza algoritmos – para prever riscos a longo prazo de uma pessoa que já sofreu síndrome coronariana aguda ter recidivas. O trabalho conseguiu otimizar a identificação de indivíduos com probabilidades superiores de adoecer novamente. A taxa de recorrência de um novo evento cardiovascular em um período de 12 meses após o primeiro é 26%. Até então, o que havia eram escores de risco tradicionais, que melhoravam a definição da estratégia terapêutica inicial na síndrome coronariana aguda, porém não foram concebidos para apurar problemas individuais a longo prazo. Com o emprego de ML foi possível alcançar 90% de acerto sobre outra ocorrência cardiovascular relevante naquele paciente. O estudo foi apresentado no evento.



  • De cada 10 pessoas, nove não sabem que a obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças do coração: “O excesso de peso precisa ser combatido e não tolerado”, afirmaram diversos especialistas no evento da SOCESP. É preciso estimular a mudança do estilo de vida, incluindo dietas saudáveis e atividade física na rotina. As novas estratégias para buscar eficácia com os pacientes serão tratadas no Congresso. Segundo a American Heart Association (AHA), em 20 anos, as mortes por doenças cardiovasculares (DCVs) relacionadas à obesidade triplicaram nos Estados Unidos. A Federação Mundial de Obesidade projeta que, até 2035, um em cada quatro adultos viverá com obesidade. Já no Brasil, estima-se que 60% dos adultos convivam com sobrepeso e 26% com obesidade. O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, registrou 24.678 óbitos de indivíduos com idade entre 30 e 69 anos por causas cardiovasculares ligadas à obesidade entre 2010 e 2021, sendo maior o número de mortes entre 2019 e 2021.
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